domingo, 13 de junho de 2010

A unificaçao Alemã

O Caso Alemão

O principal fator da unificação alemã foi o desenvolvimento econômico e social dos Estados germânicos, especialmente da Prússia. De 1860 a 1870, distritos industriais e centros urbanos surgiram em várias regiões; as estradas de ferro passaram de 2 000 para 11000 quilômetros; as minas de carvão e ferro permitiram o cresci¬mento das indústrias siderúrgicas, metalúrgicas e mecânicas. Na Prússia, a burguesia tentou controlar as despesas reais, criando um conflito político que durou até 1861, quando o rei Guilherme I convidou Bismarck para ministro. Ele era antiliberal, pró-monarquia e contra o poder da burguesia, mas devotado à causa da unificação.
Bismarck queria conquistar a unidade Alemã através da força, ele organizou militarmente o Reino da Prússia, mas eles os burgueses se negaram a aprovar o aumento do tempo de serviço militar obrigatório e a elevação dos impostos, apenas com aprovação da Câmara dos Nobres, Bismarck passou a governar despoticamente e transformou o exército em instrumento da unificação alemã. Explorando os desacertos internacionais, venceu por etapas a Dinamarca, a Áustria e, finalmente, a França.

Guerras contra Dinamarca e Áustria

Schleswig e Holstein, de população germânica predominante, viviam sob domínio da Dinamarca, os príncipes dos dois ducados quiseram tornar-se independentes quando o rei dinamarquês Cristiano IX morreu, em 1863. Venceu os austríacos facilmente na batalha de Sadowa, pois eles tiveram de sustentar duas frentes de combate, uma na Itália e outra na própria Áustria os austríacos assinaram a paz. O caminho para a centralização do norte ale¬mão estava aberto. A Prússia anexou outros territórios, e novos Estados germânicos se uniram a ela, formando a Confederação Germânica do Norte (1867).

Guerra contra a França

No começo da guerra entre Áustria e Prússia, Napoleão III manteve-se junto com Bismarck, achando que a luta o traria bons resultados, mas a Prússia ganhou e sua vitoria foi desagradável, a unificação da Alemanha constituía ameaça direta à hegemonia da França na Europa, seu exercito foi desorganizado pela ida a expedição ao México (1862-1867).
Napoleão exigiu da Prússia que os Estados germânicos do sul, de grande influência francesa, não se unissem aos do norte, Bismarck usou a exigência para pôr os ale¬mães contra os franceses, Napoleão irritaria ainda mais os alemães ao exigir a posse de Luxemburgo e os territórios bávaros a oeste do Reno.

Bismarck estava pronto para declarar guerra contra a França por isso ajudaria a unificação alemã, pois seu inimigo não tinha recursos. A guerra estava quase pronta, só faltava um incidente para começar a guerra: O pretexto surgiu em 1870, foi uma revolução que deixou vago o trono espanhol.
A guerra: O exército alemão era mais numeroso, mais bem comandado e instruído. A superioridade se materializava no domínio da artilharia, com canhões Krupp. A excelente rede ferroviária facilitava o deslocamento das tropas. A vitória prussiana foi fulminante. Seu exército cercou o francês, comandado pelo general Bazaine, em Metz. Napoleão e o general Mac-Mahon partiram em socorro e foram cercados em Sedara. O imperador foi preso e capitulou em 1º de setembro de 1870.
Enquanto isso, em Paris, os republicanos punham fim ao Império, em quatro de setembro. Proclamaram a República e organizaram um governo de defesa nacional, em 20 de setembro, os alemães cercaram Paris. Gambetta deixou a cidade num balão, para organizar três exércitos nas províncias.
Pelo Tratado de Frankfurt, a França cedia a Alsácia (menos Belfort, onde a resistência havia sido heróica) e o norte da Lorena, com a cidade de Metz, e ainda se comprometia a pagar indenização de cinco bilhões de francos. Os franceses não puderam evitar a humilhação de ver o Império Alemão ser proclamado na Sala dos Espelhos do Palácio de Versalhes, quando Guilherme I recebeu o título de imperador pela aclamação dos príncipes alemães.
A unificação da Alemanha se completava mas, ao tripudiar sobre os vencidos, os vencedores de então iriam alimentar no sentimento nacional francês um forte espírito de revanche.

Fonte: www.culturabrasil.pro.br/unificaçao

Um comentário:

  1. Achei interessante a parte em que Bismarck aguardou um pretesto para poder começar a guerra.
    Mª Tatiana

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